Inspirado pela indagação de Laura Castro, a minha curiosidade em visitar a exposição “Rituais do ver” de Fátima Carvalho tomou um caminho inesperado e intrigante.
Numa primeira fase visitei a exposição sozinho tentando experimentar, como afirma Isolina Carvalho, “um ato que se desenvolve através dum diálogo aparentemente surdo, ou se quisermos, intercomunicacional, usando o olhar e o silêncio como referências primeiras, entre as duas realidades: o observador e o observado, num jogo mágico que persegue essas outras imagens, construídas por um fotógrafo inquieto...”
Com efeito me perdi atrás dos passos da fotógrafa, a portuguesa Fátima Carvalho, a qual claramente faz parte da comunidade habitual dos museus e galerias. A vejo deambular, observar, conversar, fotografar, arquivar as imagens captadas em exposições. As mesmas imagens que agora estão expostas neste maravilhoso prédio de Oscar Niemayer cujo nome é Estação Cabo Branco Ciência Cultura & Artes. E que não é museu, nem galeria de arte, nem repositório, nem qualquer outra coisa estaticamente ligada ao conceito de arte absoluta no sentido estreito do termo.
RITUAIS DO VER
de Fátima Carvalho
Estação Cabo Branco Ciência Cultura & Artes
João Pessoa/PB - Brasil
08 de novembro a 10 de dezembro de 2015